O adro, espaço à frente da igreja, é um elemento típico das construções franciscanas, por causa do culto por eles dedicados à Paixão de Cristo.
"Na sua área realizavam-se procissões recriando a via-sacra em torno do cruzeiro que aí existia, especialmente durante a Semana Santa. A sacralização dos espaços públicos era também totalmente condizente com as recomendações do Concílio de Trento.
Em alguns casos estes espaços serão concebidos de modo a acentuar as características cenográficas destas instalações conventuais, caracterizando-as como verdadeiras eflorescências do barroco. Neste sentido destacam-se os dadros dos conventos de Santo Antônio de Paraguaçu e de João Pessoa. Em ambos, o tratamento dado ao espaço limitado por muros arrematados com volutas e pináculos somado à existência de um grande pedestal de pedra que sustentava o cruzeiro, levava ao exterior a grandiosa magnificência presente no restante da edificação".
LINS, Eugênio de Ávila e CARDOSO, Luiz Antônio Fernandes. A arquitetura dos franciscanos no Brasil. In: Portugal Brasil Brasil Portugal. Lisboa: Comissão nacional para as comemorações dos descobrimentos portugueses, 20000. p. 51-63
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